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O mineiro já morou em cidades como Congonhas e Ouro Preto, mas foi em BH que resolveu ganhar a vida. Ele, que divide um apartamento com mais dois amigos, se considera um amante do mundo dos games e do cinema.  Quando não está desenhando, o que segundo ele raramente acontece, está jogando videogame ou vendo filmes.

 

Guilherme já trabalhou para o Governo Federal e empresas como o Sebrae, a Fiat (na qual desenvolveu o conceito do camaleão para a propaganda do Fiat Ideia Adventure), e boa parte de sua produção foi para o mercado internacional. Seu primeiro título profissional foi "Death Walks: The Streets" para a Scream Factory, uma editora independente de Chicago. Trabalhou também com a série "Spartacus" para a Devil’s Due Publishing e em seguida produziu capas para o filme "Predators" (Predadores), da editora Dark Horse, onde ficou cinco meses.  Devido à qualidade do seu trabalho teve a oportunidade de produzir um título pessoal para um editor da DC Comics e hoje trabalha como desenhista da empresa.

 

Balbi: o herói dos gibis

Guilherme Balbi nas redes sociais:

 

Facebook - Instagram - Projeto JackPot  - Flickr

Ele conta que o quadrinista que trabalha para o mercado internacional recebe uma média de 20 páginas por mês para desenhar. "O trabalho do quadrinista é receber um roteiro, interpretá-lo e conduzir uma linha de raciocínio gráfico, é contar uma história através do desenho", diz.

 

Guilherme acredita que para desenhar não necessariamente precisa ter talento. Ele destaca aqueles que já tem um "dom" e uma predisposição física e mental para visualizar o desenho, mas também acredita na dedicação à atividade. "Como qualquer outra profissão, a pessoa tem que ter interesse. Mas tem essa mistificação, essa ilusão de que pra desenhar precisa ter talento. Isso é uma mentira. Pra desenhar só basta querer e ter dedicação", incentiva ele.

 

No Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ) deste ano, Guilherme participará como convidado e dará palestras e mini-cursos. O convite veio do Sebrae, já que o quadrinista ministra aulas sobre mercado de trabalho na Casa dos Quadrinhos. Segundo ele, o FIQ abre diversas portas para o mercado de quadrinhos, editoração, ilustração e artes visuais. "O FIQ é umas das maiores convenções de quadrinhos do mundo. Lá os quadrinistas conseguem estabelecer contatos com pessoas importantes na área, desde fotógrafos e publicitários a editores de empresas como a Marvel e a DC Comics, que estão em busca de novos talentos. É um portal na qual os quadrinistas entram com um portfólio debaixo do braço e podem sair de lá com um trabalho", disse. Guilherme ressaltou também a importância do evento como um desmistificador da imagem do profissional que trabalha com desenhos e ilustrações, que geralmente levam fama de "nerds". "O FIQ aproxima esses profissionais do público e mostra que não é preciso ter esses preconceitos", afirma.

 

Além de conciliar as três ocupações, Guilherme também tem um projeto autoral chamado JackPot, com personagens inspirados em amigos, familiares e pessoas que passaram pela sua vida. É um projeto no qual o autor expressa suas interpretações dos fatos, historinhas que surgem do nada, "num universo em que qualquer coisa pode ser qualquer coisa", como ele mesmo define. 

Por Aryanne Araújo e Raphael Amador

 

"Desenhar é a minha essência, o desenho é o meu sangue", define o quadrinista, empresário e professor Guilherme Balbi. Natural da cidade de Ubá,  interior de Minas Gerais e apaixonado pela arte de desenhar desde sua infância, o quadrinista de 32 anos mudou-se para a capital mineira em 2001, quando decidiu investir na carreira de desenhista profissional. Formado em Artes Visuais pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Guilherme atualmente trabalha para a editora americana DC Comics, tem uma grife de camisas e dá aulas na escola técnica de artes visuais Casa dos Quadrinhos.

 

O quadrinista percebeu que queria ser um desenhista profissional quando visitou uma escola de quadrinhos, o que mudou sua maneira de perceber os gibis. Começou sua carreira trabalhando para revistas independentes que, segundo ele, é o começo para a maioria dos desenhistas de quadrinhos. Por não existir um curso específico, ele aponta que uma saída para se começar na área é fazer um curso de Publicidade ou Artes Visuais, na qual se começa desenhando em pequenos projetos e vai se testando tempo, prazo e qualidade, como foi no seu caso. "O quadrinho mesmo já é um passo maior. O mercado brasileiro de quadrinhos é muito frio ou inexistente, ele é mais autoral. A revista é você que faz e paga, a não ser que você trabalhe para a Maurício de Sousa Produções", brinca.

O HERÓI DO GIBI

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